Com
casa cheia e ampla maioria de votos, trabalhadores e trabalhadoras do Setor
Público aprovaram contraproposta a ser apresentada ao novo governo do Estado. A
Assembleia Geral Extraordinária – sequência da ocorrida em 26 de dezembro,
quando a proposta do Executivo foi rejeitada – aconteceu na tarde desta
sexta-feira (4), no auditório do SEMAPI.
Antes
de apresentar à base as propostas e construir a agenda de mobilização, a
diretoria do Sindicato recapitulou para os presentes todo o processo negocial
de 2018, que apresentou diversos empecilhos. Divergências entre o governo do
Estado e o SESCON (sindicato patronal), calendário eleitoral e os efeitos da
nova legislação trabalhista foram alguns dos motivos que culminaram com o
atraso nas negociações. Além disso, foram elencados os principais motivos pelos
quais a categoria negou a última proposta do (des)governo Sartori: diminuição
da multa por atraso nos salários (cláusula que vem possibilitando o recebimento
em dia dos vencimentos), alterações nos vales refeição/alimentação e no auxílio
educação infantil, exclusão da cláusula de resguardo de direitos e duas
condições específicas de FASE/FPE e EMATER, entre outras.
A
proposta
Tendo
em vista a troca de governo e o tempo que a nova gestão precisa para se
ambientar, conhecer os pormenores das entidades que administra e suas
especificidades, e também a disposição para o diálogo demonstrada durante a campanha,
o SEMAPI aprovou por ampla maioria junto à base proposta a ser apresentada na
mesa de negociação.
A
ideia é pedir uma data para fazer uma contraproposta àquela rejeitada, que
seria formada pela manutenção de todas as cláusulas da convenção vigente, mais
reposição de 1,76% nas cláusulas financeiras (INPC da data-base).
Mobilização
vem aí
Logo
após aprovar a proposta, a Assembleia construiu conjuntamente uma série de
ações de mobilização da categoria para pressionar o governo a retomar e efetivar
a negociação. Segundo a diretoria do Sindicato, a ideia é azeitar as
engrenagens para que, caso haja necessidade, todos já estejam prontos para
participar.
Dentre
as atividades sugeridas, estão busca de unidade com demais sindicatos que ainda
negociam suas datas-base, visitas a deputados e a novos gestores das fundações
e empresas públicas, caravanas com a diretoria para conversar com a base na
capital e no interior e uso de meios digitais de comunicação para disseminar as
informações com mais rapidez e clareza. A Assembleia segue em aberto, e pode
ser convocada novamente a qualquer momento.
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