Na assembleia realizada na noite desta terça-feira
(29/01), os trabalhadores aprovaram por unanimidade a proposta para a Convenção
Coletiva Trabalho (CCT) de 2018. Agora, o texto será inserido no sistema
mediador da Justiça do Trabalho para que seja feito o registro do documento.
Salientamos que as empresas já podem efetuar o pagamento, uma
vez que as partes estão acordadas entre si. Lembrando que os retroativos devem
ser pagos em ATÉ duas parcelas, nas folhas de fevereiro e março.
Conheça a proposta aprovada AQUI
Durante a assembleia, os diretores do SEMAPI fizeram um
histórico da negociação, explicando todos os percalços que tivemos pelo
caminho. Também foram salientadas as mudanças que ocorreram com a reforma
trabalhista, que tem fragilizado os sindicatos e diminuído seu poder de
negociação. Após a votação, a assessoria jurídica do SEMAPI ainda destacou a
importância de recorrer ao sindicato sempre que preciso.
Em respeito aos trabalhadores, o SEMAPI optou por abrir mão da
contribuição assistencial, decidindo abonar os valores da data-base de 2018. Já
estamos enfrentando muitas ameaças de retiradas de direitos, e sabemos que
muito mais está por vir, por isso, precisamos estar fortalecidos e mais unidos.
Não se engane! Ir contra o sindicato é ir contra os seus próprios direitos.
HISTÓRICO DATA-BASE 2018
SEMAPI e SESCON vinham debatendo a data-base da categoria até
que o sindicato patronal se negou a continuar negociando, por conta de um
impasse de representatividade junto ao governo do Estado. Assim, fomos
obrigados a recorrer ao TRT-4 para que o Desembargador do Trabalho pudesse nos
ajudar a voltar a negociar. Não queríamos que 120 mil trabalhadores fossem
prejudicados por conta de uma questão específica entre SESCON e governo. Dessa
forma, somente em dezembro, com a 2ª reunião de mediação, conseguimos retomar
as negociações.
No retorno das tratativas, SEMAPI e SESCON discordaram de um
ponto considerado fundamental, que é a disponibilidade dos dados antes de
assinar a rescisão. Com a reforma trabalhista, as rescisões podem ser feitas
diretamente com o patrão, por isso, solicitamos que os cálculos rescisórios
fossem disponibilizados antes do momento da assinatura, para que pudessem ser
ao menos verificados. No entanto, o sindicato patronal não estava concordando
com isso, o que acabou atrasando ainda mais o processo. Após muito debate,
conseguimos negociar a implementação de uma comissão paritária (composta pelos
dois sindicatos) para debater a situação das rescisões contratuais.
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