Devido ao impasse na negociação da data-base 2018 do setor
privado, o SEMAPI solicitou uma mediação junto ao Tribunal Regional do Trabalho
da 4ª Região (TRT-4), que foi realizada na manhã desta segunda-feira (26/11).
Na audiência, o SESCON (sindicato que representa as empresas) reafirmou que só
continua negociando se participar também das negociações com o governo do
Estado para fundações, Emater/RS-Ascar e EGR.
O SEMAPI representa trabalhadores de diversas instituições e
empresas, públicas e privadas, e sempre negociou as Convenções Coletivas
separadamente, sendo que para o Setor Público era com o SESCON e Governo e do
Setor Privado, apenas com SESCON, porque são categorias muito distintas. A
questão é que o governo, desde 2017, não reconhece a representação do SESCON no
caso das entidades ligadas ao Governo. No entanto, o SESCON está irredutível e
disse não abrir mão dessa representatividade, impondo-a como condição para
seguir a negociação do Setor Privado a participação na negociação do Setor
Público.
Durante a reunião, o SEMAPI destacou que há uma questão
específica entre SESCON e governo, e que 120 mil trabalhadores do setor privado
não podem ser prejudicados por isso. "A nossa reivindicação é de que o
SESCON reavalie esta situação e volte à mesa de negociação, sem condicionantes,
assim como o Governo reconheça a representatividade do SESCON," afirmou a
diretoria do SEMAPI.
Como não se chegou num acordo, uma nova reunião de mediação
ficou agendada para o dia 4/12, às 17h30, na sala 506 do TRT-4 (Av. Praia de
Belas, 1100, POA). Esperamos que os patrões (SESCON e Governo) sejam mais
compreensivos e não continuem lesando toda a categoria por conta de uma decisão
que não depende do SEMAPI.
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