A reunião de negociação que ocorreu nesta terça-feira (14/08), entre SEMAPI e Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), surpreendeu negativamente. Além de não acenar com um índice de reajuste salarial, a empresa propôs fechar a data-base deste ano (com o que já foi negociado até agora) apenas se a categoria abrir mão do dissídio de 2017.
Na proposta construída com o Comitê para Gestão de Despesas de Pessoal (CGDEP) da Prefeitura de Porto Alegre, a EPTC concorda com todas as cláusulas sociais negociadas até o momento e propõe um reajuste de 2,76% no vale alimentação, retroativo a maio de 2018, mas sem reposição nas demais cláusulas com repercussão econômica. Autorizando, entretanto, o ajuizamento de dissídio coletivo em relação a estas cláusulas (financeiras). Em troca, a empresa quer que a categoria aceite o pagamento no 5º dia útil a partir de janeiro de 2019, e que desista de ajuizar dissídio relativo à negociação de 2017.
Isso quer dizer que o governo Marchezan não pretende dar nem a reposição da inflação do ano passado, que é ainda maior que a deste ano. Além das perdas que os trabalhadores já tiveram, o município quer que a categoria continue pagando pela má administração desta gestão.
O Sindicato destacou em mesa que esta era uma péssima proposta e que certamente a categoria não aceitaria estes termos e que pode, inclusive, decidir pela paralisação das atividades. Dessa forma, o SEMAPI deve reunir os trabalhadores para avaliar os próximos passos da negociação.
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