quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Data-Base 2016: governo apresenta proposta com retirada de direitos



SEMAPI e governo do Estado voltaram a negociar, nesta quarta-feira (17), pela data-base 2016. Foi a vez do governo apresentar sua proposta, que surpreendeu por conter retirada de direitos já adquiridos em negociações anteriores.

Entre os destaques propostos pelo governo, prejudiciais aos trabalhadores, está o compromisso de implantar as promoções somente se o percentual passar dos atuais 30%, para 20%. Outro ponto é a liberação para participação em curso, que o governo quer limitar a cursos de até 160 horas e diminuir dos atuais 20 dias de liberação para 10 por ano, o que restringe a qualificação. O Estado também quer que o trabalhador comprove, via laudo de médico da saúde do trabalho, que o filho realmente é deficiente para que possa ter sua jornada de trabalho alterada, conforme conquistado em negociação coletiva.




Outra questão abordada, e que foi muito debatida em 2015, foi a jornada compensatória para os trabalhadores da FASE e da FPE. O governo quer que a folga extra mensal seja concedida apenas a quem tiver 100% de assiduidade e atraso inferior a 60 minutos. Ou seja, falta justificada é considerada falta e o trabalhador não teria direito à folga extra.

Quanto aos índices, o Estado está propondo o pagamento retroativo a junho de 2016 da metade do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), 4,90%, mais 2,30% em dezembro, relativos ao residual que não foi pago no ano passado. As demais cláusulas com repercussão financeiras seriam reajustadas pelo INPC integral (9,82%). Todas as cláusulas novas propostas pelo Sindicato foram negadas pelo governo.

Durante a reunião, o SEMAPI conversou com a sua base de trabalhadores e pediu esclarecimentos sobre algumas cláusulas propostas, mas pediu um tempo para analisar melhor tudo o que foi apresentado e formular uma contraproposta para o próximo encontro. Foi marcada nova reunião de negociação para o dia 1º de setembro, às 15h, na sede do SESCON-RS (Rua Augusto Severo, 168, POA). Precisamos que mais trabalhadores participem e nos ajude a pressionar o governo. Precisamos garantir direitos e avançar na luta!












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